Por: Demontier Tenório

Quase dois meses depois, ele foi considerado como se não tivesse capacidade de dirimir sobre seus atos. Por volta do meio-dia desta segunda-feira, Eliabe deixou a cela especial no quartel do 2º BPM (Batalhão Policial Militar) quando foi escoltado para o manicômio de Fortaleza chegando na noite de ontem. Essa condição, caso venha a ser condenado, já lhe daria uma pena menor o que se constitui em uma das estratégias da sua advogada de defesa, Derineide Barbosa.
O assassinato do segurança se deu por volta das 20 horas do dia 30 de janeiro quando este fechava a Loja Americana ao lado da Praça Padre Cícero, no centro de Juazeiro. As imagens do circuito interno mostraram que o fazendário chegou de surpresa e, com a arma em punho, efetuou um único disparo tendo a mão que apertou o gatilho envolta em uma sacola plástica com o objetivo de evitar vestígios de pólvora. Eliabe foi preso quando tentava empreender fuga pela Avenida Floro Bartolomeu.
O Ministério Público o denunciou por homicídio duplamente qualificado e mais três tentativas de homicídio contra os Guardas Municipais Melo, Silvino e Aparecido que o prenderam. O promotor usou apenas três dias, após receber o Inquérito Policial, para denunciar o acusado que havia sido indiciado pela polícia. Foi quando a defesa do fazendário deu início ao trabalho para tentar reduzir uma eventual penalidade. O pedido de insanidade foi analisado pelo Ministério Público.
A tramitação foi acompanhada pelos advogados assistentes de acusação, Jorge Luiz Pereira e Rosa Magda Quezado, culminando com o acolhimento da justiça após ouvir o veredito de um médico especialista. Na opinião da acusação, o pedido de Incidente de Insanidade Mental não foi nada mais que uma estratégia da defesa de Eliabe no sentido de criar condições favoráveis ao réu que confessou o crime e o atribuiu a um incidente no qual a arma teria disparado e alvejado o segurança.
Fonte: Site Miséria
Nenhum comentário:
Postar um comentário
COMENTE ESSA MATÉRIA