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Ruas e bairros inundados, estradas cortadas, comunidades ilhadas, casas destruídas, famílias desabrigadas e pessoas desalojadas. Estas cenas têm se tornado quase que comum na zona norte. Em Sobral, as chuvas já começaram a deixar um rastro de destruição. Até a manhã de ontem, 126 famílias, uma média de 650 pessoas, segundo o prefeito Leônidas Cristino, estavam desabrigadas ou desalojadas. Famílias que, em sua maioria, moram em áreas ribeirinhas.
Desde a tarde de terça-feira, a Defesa Civil deste município não para de receber chamadas de pessoas pedindo socorro. Nos bairros Tamarindo, Pedrinhas, Dom Expedito, Terrenos Novos e Vila União, dezenas de famílias tiveram que ser retiradas às pressas, devidos às cheias do Rio Acaraú e Riacho Mucambinho. A comunidade de Patos, distante 50km de Sobral, situada às margens da BR-222, está completamente isolada. As duas vias de acesso foram tomadas pelas águas da sangria do Açude de Patos e Riacho Gabriel. A situação dos moradores está complicada desde a manhã da terça-feira.
Em Aracatiaçu, também na região de Patos, cerca de 70 famílias, estão desalojadas — desse total, 50 famílias foram removidas para casas de familiares enquanto que o restante foi levado para abrigos improvisados pela Prefeitura. Essas famílias foram vítimas das cheias do Rio Acaraú e do Riacho Aracatiaçu. O volume de água do rio aumentou repentinamente invadindo casas, destruindo cercas, plantações e cortando a principal via de acesso a um dos bairros daquele distrito. Na manhã de ontem, ainda era grande o número de pessoas procurando salvar o que a água não conseguiu levar. “Estou retirando aquilo que não pude levar. Estou levando tudo para a casa de uma pessoa da família”, disse o morador João Vagner de Sousa. A situação dessas famílias se agravou por volta das 16h de terça-feira depois que a enchente invadiu as casas. Na localidade de Várzea Redonda, distrito do Bonfim, 15 famílias foram retiradas de barcos pelo fato de terem ficado completamente ilhadas. Sete delas já estão em abrigos.
Em bairros como Tamarindo, Dom Expedito e Pedrinhas, famílias também já tiveram que ser retiradas, devido à cheia do Rio Acaraú que, até a manhã de ontem, estava com 6 metros acima do nível normal. Segundo Vicente Lopes, da COGERH, o nível do rio estava subindo em média 2 cm por hora. Ontem, o prefeito de Sobral se reuniu com secretários municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil para traçar um plano de auxílio a essas pessoas.
Por Wilson Gomes
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Chuvas Causam Estragos na Zona Norte do Ceará
Ruas e bairros inundados, estradas cortadas, comunidades ilhadas, casas destruídas, famílias desabrigadas e pessoas desalojadas. Estas cenas têm se tornado quase que comum na zona norte. Em Sobral, as chuvas já começaram a deixar um rastro de destruição. Até a manhã de ontem, 126 famílias, uma média de 650 pessoas, segundo o prefeito Leônidas Cristino, estavam desabrigadas ou desalojadas. Famílias que, em sua maioria, moram em áreas ribeirinhas.
Desde a tarde de terça-feira, a Defesa Civil deste município não para de receber chamadas de pessoas pedindo socorro. Nos bairros Tamarindo, Pedrinhas, Dom Expedito, Terrenos Novos e Vila União, dezenas de famílias tiveram que ser retiradas às pressas, devidos às cheias do Rio Acaraú e Riacho Mucambinho. A comunidade de Patos, distante 50km de Sobral, situada às margens da BR-222, está completamente isolada. As duas vias de acesso foram tomadas pelas águas da sangria do Açude de Patos e Riacho Gabriel. A situação dos moradores está complicada desde a manhã da terça-feira.
Em Aracatiaçu, também na região de Patos, cerca de 70 famílias, estão desalojadas — desse total, 50 famílias foram removidas para casas de familiares enquanto que o restante foi levado para abrigos improvisados pela Prefeitura. Essas famílias foram vítimas das cheias do Rio Acaraú e do Riacho Aracatiaçu. O volume de água do rio aumentou repentinamente invadindo casas, destruindo cercas, plantações e cortando a principal via de acesso a um dos bairros daquele distrito. Na manhã de ontem, ainda era grande o número de pessoas procurando salvar o que a água não conseguiu levar. “Estou retirando aquilo que não pude levar. Estou levando tudo para a casa de uma pessoa da família”, disse o morador João Vagner de Sousa. A situação dessas famílias se agravou por volta das 16h de terça-feira depois que a enchente invadiu as casas. Na localidade de Várzea Redonda, distrito do Bonfim, 15 famílias foram retiradas de barcos pelo fato de terem ficado completamente ilhadas. Sete delas já estão em abrigos.
Em bairros como Tamarindo, Dom Expedito e Pedrinhas, famílias também já tiveram que ser retiradas, devido à cheia do Rio Acaraú que, até a manhã de ontem, estava com 6 metros acima do nível normal. Segundo Vicente Lopes, da COGERH, o nível do rio estava subindo em média 2 cm por hora. Ontem, o prefeito de Sobral se reuniu com secretários municipais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Defesa Civil para traçar um plano de auxílio a essas pessoas.
Por Wilson Gomes
