A decisão do magistrado era aguardada com expectativa pela família das vítimas. Durante o processo, a defesa utilizou estratégias para retardar a conclusão do processo criminal, que irritaram o promotor de Justiça e aumentaram o sofrimento dos parentes que aguardavam um desfecho da tramitação processual.
Cabe recurso ao Tribunal de Justiça por parte da defesa do réu da sentença de pronúncia. Em ocasiões anteriores, o advogado do ex-militar, criminalista Delano Cruz, já havia informado que iria impetrar recurso caso o réu viesse a ser pronunciado, isto é, apontado como o autor do duplo homicídio. Essa decisão prorroga mais ainda inclusão do julgamento do ex-militar na pauta do Júri.
Em ato público que reuniu cerca de cinco mil pessoas, realizado na cidade de Mombaça, onde as vítimas nasceram, o governador Cid Gomes assinou em 17 de julho de 2008, a expulsão do capitão Daniel Gomes Bezerra dos quadros da Polícia Militar.
O crime
A briga entre o então capitão da PM e as duas vítimas ocorreu durante uma discussão. Depois de ferir os dois irmãos universitários, o capitão Daniel Bezerra fugiu de Iguatu e, mais tarde, se apresentou na delegacia de Polícia de Jaguaribe, onde contou sua versão sobre o fato. Ele alegou, logo de saída, que agiu em legítima defesa.
No mesmo dia do crime, a Justiça decretou sua prisão preventiva e ele foi transferido do quartel da PM de Jaguaribe para Fortaleza. O crime teve ampla repercussão no Estado e culminou no ato do governador em excluir o militar da PM.
O advogado criminalista Paulo Quezado acompanha o processo como assistente da acusação. Ele acredita na condenação do ex-PM diante das provas, indícios e evidências da autoria colhidos no inquérito policial e ratificados na instrução do processo. A data do júri não foi ainda marcada.
Fonte: Miséria.com.br
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