quarta-feira, 18 de novembro de 2009

CRIMINALIDADE: Roberto Monteiro faz críticas à mídia

Ao abrir, ontem, o curso de investigação de homicídios, o secretário da Segurança tachou a mídia de "irresponsável"

Saber investigar: delegada paulista Alexandra Agostini transmitirá conhecimentos aos policiais do Ceará Foto: Juliana Vasquez

"A banalidade da morte é divulgada por todos os cantos do mundo por uma mídia irresponsável", disse, ontem, o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Roberto Monteiro. Logo em seguida, ele reconheceu a impotência do Estado do Ceará frente ao crescimento acelerado da violência expressa nas estatísticas de homicídios. "Aqui, de cada 100 homicídios misteriosos investigados, 85 permanecem seu autoria", afirmou.

As declarações de Monteiro foram feitas, na manhã de ontem, no auditório da Superintendência da Polícia Civil, durante a abertura do ´Curso de investigação em homicídios´ que acontece até o próximo dia 24, em Fortaleza. Em entrevista antes de começar o evento, Monteiro admitiu, mais uma vez, a falência da estrutura policial para investigar os crimes de morte.

"Os crimes de homicídio no Ceará são um grande desafio, nos preocupam muito, diante do fato de que vêm aumentando paulatinamente e não estamos dando a resposta para isso", disse o titular da SSPDS diante de um auditório lotado de inspetores, escrivães e delegados.

O curso vai capacitar delegados, escrivães e inspetores da Polícia Civil para trabalharem na Divisão de Homicídios, que será inaugurada em 2010. "Este ano ainda, depois de capacitados pelo curso e preparados em São Paulo, os policiais do Ceará já irão começar a atuar", adiantou o secretário.

Delegada

Alexandra Comar de Agostini, delegada da Divisão de Homicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de São Paulo, veio a Fortaleza para ministrar o módulo de ´atendimento do local de crime´.

Em entrevista exclusiva ao Diário do Nordeste, Alexandra falou sobre a importância da preservação do local de crime como item fundamental para a investigação de um assassinato.

"A preservação é mais importante que a perícia. O policial que primeiro chega ao lugar onde houve um homicídio precisa isolar a área e não deixar que ninguém se aproxime a fim de que vestígios não sejam apagados", destacou.

Fonte: DN

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