segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Oktoberfest Guaramiranga


Terminou nas primeiras horas de hoje a I Oktoberfest Guaramiranga. Ela já pode ser considerada um marco de sucesso no calendário de eventos de Guaramiranga, que recebeu no feriadão 20 mil pessoas. Com pousadas e hotéis com 100% de ocupação, o evento trouxe para o frio da serra gente dos quatro cantos do país. Cearenses, catarinenses, pernambucanos, baianos, paulistas, maranhenses, o Brasil veio conferir a versão nordestina do festival alemão. Nos três dias de festa, dentro da Arena da Cerveja, mais de 10 mil pessoas conferiram a mistura alemã com o sotaque cearense.
Na primeira noite, os visitantes puderam ter um aperitivo de como seria a animação até o último dia do evento. O mestre de cerimônias João Rufino, humorista cearense, deu as boas-vindas e arrancou gargalhadas da platéia, que participava a cada brincadeira inventada pelo comediante.
O festival foi aberto com o DJ Guga de Castro, que esquentou o público presente. Logo em seguida subiu ao palco a banda cearense Dona Zefinha, com performance que misturou música, teatro e dança. Encerrando a sexta-feira, a banda Cavalinho Branco (SC), única que tocou em todas as edições da Oktoberfest Blumenau contagiou os visitantes, que dançaram e imitaram as coreografias.
No sábado, um dos momentos mais aguardados pelos visitantes: a 1ª Volta da Caneca. Na corrida, 100 participantes percorreram a rua principal da cidade com uma caneca cheia de chope. A competição foi dividida nas categorias Masculino, Feminina e Fantasia, que divertiu quem estava conferindo. Marcelo Caio, de 25 anos, chamou atenção pela caracterização hilariante de Chales Chaplin. Teve também quem optasse por fantasia de grupo, como os estudantes de engenharia da UFC. Cercados por uma corda, eles fizeram a festa.
A noite de sábado foi um destaque a parte. Quase seis mil pessoas lotaram a Arena da Cerveja para conferir os shows do DJ Marquinhos (Farra na Casa Alheia), e das bandas Fritz Marsch (CE), Groovytown (CE), Falcão (CE) e Cavalinho Branco (SC).
Com uma segurança preparada e reforçada encontrou o ambiente perfeito para levar toda a família. Um serviço de táxi foi implantado para garantir o conforto dos visitantes. Quem queria beber e não podia dirigir teve a opção de contratar taxistas para ir até o local da festa.
O comerciante Halan Figueiredo, 39 anos, disse que ficou tranqüilo em levar os três filhos pequenos para a festa. “Estava tudo bem estruturado. O local escolhido para a Oktoberfest não podia ter sido melhor. Foi tudo muito sossegado e aproveitei bastante”, diz.
Na tarde de ontem, a cidade foi tomada por cores e carros. Foi o desfile de carros alegóricos, realizado no Centro de Guaramiranga. Dentro dos automóveis, construídos especialmente para o momento, pessoas vestidas com roupas típicas da Alemanha. O encerramento da Oktoberfest Guaramiranga foi com DJ Marquinhos, Fritz Marsch, Cavalinho Branco e a dupla Ítalo & Renno para animar uma platéia de cinco mil pessoas.
A Oktoberfest Guaramiranga abriu também suas portas para a arte. Durante o festival, aconteceu a Mostra Coletiva de Artes Plásticas. A exposição ocorreu diariamente no Hotel Escola Senac e contou com a curadoria do artista plástico Zé Tarcísio e participação dos seguintes artistas: Fernando França, Kazane, Totonho Laprovitera e Vando Figueiredo. Todos os quadros que compuseram a Mostra foram pintados especialmente para a Oktoberfest Guaramiranga.

Durante toda a Oktoberfest Guaramiranga, a organização teve o cuidado de prezar pela questão social. Três toneladas de alimentos foram arrecadadas na entrada e serão doadas para comunidades carentes de Guaramiranga. A atuação sócio-ambiental continua com a realização de cursos de capacitação da mão-de-obra, possibilitando a geração de emprego e renda para os habitantes da região. Além disso, parte da receita será destinada às obras de instalação do festival e empregada na reestruturação dos equipamentos culturais da cidade, contribuindo para o desenvolvimento da economia local.

Outro diferencial da festa foi o projeto Carbon Free, que teve o compromisso de zerar a emissão de gases causadores do Efeito Estufa (GEE), como o gás carbônico (CO2). Para isso, ao final do festival, será calculado o valor estimado de poluição gerado, sendo plantadas mudas de árvores em áreas de preservação da serra de Guaramiranga, em quantidade necessária para neutralizá-los, através da absorção gerada pelo processo de fotossíntese. As plantas escolhidas foram frutíferas (limão, cajueiro bravo, azeitona preta, graviola e jambo) e nativas (ypé amarelo, abricó do Pará, urucum, sabiá tiúba, angico, podói, ingazeira e imbiriba).

A estrutura da Oktoberfest Guaramiranga contou com mais de 250 profissionais envolvidos com produção e segurança, um palco principal, oito barracas de cerveja, seis com comidas, restaurante alemão, 9 mil m² de festa, ambulâncias e três geradores. O local engloba ainda: o “Pesqueiro Guaramiranga”; o “Restaurante Manjericão”; o “Parque das Trilhas”, que conta com esportes de aventura (rapel, tirolesas, ponte de três cordas e caiaques), caminhadas em trilhas ecológicas, banho de bica e de lago, lanchonete, tudo em contato com a natureza; além das pousadas Chalé do Tutuca e Chalé do Arnoldo Studart e o Hotel Escola, do Senac.

Muitas pessoas criticaram a organização. Disseram que tinham ingresso e não podiam entrar. Houve suspensão de venda de R$ 2,00. Valeu a primeira experiência e ficam os ensinamentos para os próximos eventos.

Blog do Lauriberto

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