O Ceará continua na liderança das exportações de calçados em volume físico, entre os estados brasileiros, no ano. De janeiro a agosto, foram enviados ao mercado internacional 32,9 milhões de pares. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, embarcando para o exterior 24,6 milhões de pares, em igual período. A Paraíba fica em terceiro no ranking, ultrapassando tradicionais exportadores como São Paulo e Bahia. As fábricas paraibanas venderam ao exterior 14,9 milhões de pares no acumulado do ano. A quarta posição pertence a São Paulo, que vendeu 4,7 milhões. Na quinta posição está a Bahia, com a comercialização de 4,5 milhões de pares. Os dados foram elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), com base nos números fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Esses cinco primeiros lugares em volume físico não se mantém nesta ordem quando se refere ao valor das vendas. Em relação aos calçados exportados nos oito meses, a liderança cabe ao Rio Grande Sul que somou US$ 533,3 milhões, seguido por Ceará (US$ 190,6 milhões), São Paulo (US$ 76,7 milhões), Paraíba (US$ 47,4 milhões) e Bahia (US$ 46,4 milhões).
O desempenho do Ceará indica quedas de 15,7% no número de pares e de 14,4% no faturamento, no acumulado no ano. Somente em agosto, foram 2.763.946 pares exportados, o segundo maior resultado no mês, um recuo de 18,77% ante julho. Este volume negociou US$ 19,3 milhões, retração de 24,13% frente ao mês anterior.
País em baixa
No País, o mês de agosto seguiu o compasso que vem sendo marcado desde o início de 2009, acumulando queda de 33,6% na balança comercial. Nos oito meses do ano, as exportações de calçados (incluindo suas partes) acumularam queda de 28,8% e as importações apresentaram 2,8% negativos, o que resultou em valores também negativos para a corrente de comércio, que atingiu -25,4%.
O volume exportado dos calçados, sem suas partes, reduziu em 24,4% de janeiro a agosto, comparado ao mesmo período do ano passado. Este ano, as fábricas brasileiras embarcaram 86 milhões de pares, com faturamento de US$ 926,7 milhões, contra 113,3 milhões de pares exportados no ano passado, cuja receita foi de US4 1,3 bilhão. Neste período, as divisas indicam redução de 29%.
O Rio Grande do Sul teve queda de 33,9% em pares e 33,2% em faturamento. Em São Paulo, a queda foi de 38,1% e 39,5%, enquanto na Paraíba foi de 9,9% e 7,7%. Na Bahia, os números despencaram 21,3% e 21,2%, respectivamente.
Observando os principais compradores do calçados Made in Brazil por continente, a América do Sul é a responsável pela aquisição do maior número de pares. De janeiro a agosto deste ano, o continente sul-americano absorveu 27,3 milhões de pares do total exportado. Em faturamento, porém, figura em terceiro lugar, sendo responsável pela entrada de US$ 196,3 milhões no país. O preço médio de exportação para a América do Sul é de US$ 7,2.
O segundo lugar, levando-se em conta a quantidade embarcada, fica com a América do Norte, cujo principal comprador é os Estados Unidos e que adquiriu 22,8 mil pares ao longo deste ano. O faturamento proveniente da América do Norte também mantém esta região na segunda posição, com a soma de US$ 262,6 milhões e preço médio de US$ 11,5 por par.
A Europa, por sua vez, é a terceira principal compradora em termos de volume, porém a primeira em faturamento, uma vez que o preço médio pago pelo par é de US$ 17. Este ano, os europeus adquiriram 21,1 milhões de pares, pelos quais pagaram US$ 360 milhões.
Os calçados sintéticos representam a maior parte no total da quantidade embarcada para o exterior de janeiro a agosto. Foram 54,8 milhões de pares desta categoria (do total de 86 milhões de pares exportados).
Fonte: DN
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