O sonho de ser um atleta de futebol se tornou em tragédia para o adolescente Ronaldo dos Santos Ferreira, de 14 anos. Junto com mais 50 pessoas, ele foi à Fortaleza participar de treinamentos com bola ante a observação de olheiros com o objetivo de ver a aptidão dos garotos. O menino que jamais tinha visto o mar, morreu afogado na Praia do Cofeco na sexta-feira e o seu corpo só foi localizado por volta das 14 horas deste sábado pelos bombeiros que levaram para o Instituto Médico Legal (IML) de Fortaleza.
O rapaz viajou na última Quarta-feira numa espécie de excursão promovida pelo coordenador da Associação e Empreendimentos Esportivos Cariri (CT Cariri), Moisés da Silva. Segundo ele, a meninada participaria de jogos com as categorias equivalentes do CT Uniclinic pertencente ao médico Vanor Cruz. Os "olheiros" são empresários de atletas no Brasil e exterior que vivem à caça de jovens atletas. Os jogos seriam na manhã de sexta-feira, mas terminaram adiados.
Foi ai que Moisés decidiu ir até a Praia do Cofeco para uma manhã de lazer. Por volta das 10 horas, ele disse ter notado que o mar estava ficando bastante agitado e passou a trilhar o apito chamando os nove garotos, que tomavam banho, para saírem do mar. Naquele instante, uma maré arrastou as crianças e Moisés se juntou a outro coordenador para auxiliá-los na saída com muita dificuldade por conta da força das águas. Todavia, Ronaldo terminou sendo tragado pela maré e não foi encontrado.
Cada aluno pagou R$ 135,00 pela excursão à Fortaleza. Quando a mãe do adolescente, Maria Rejane Pereira de Brito, esteve na redação do Site Miséria, Ronaldo ainda não havia sido localizado pelo Corpo de Bombeiros. Bastante chocada com a notícia que recebeu, ela ainda guardava a esperança de ter o seu filho de volta e, na conversa com o repórter Normando Sóracles, ainda dirigiu um apelo aos fortalezenses.
Segundo a família, até as 20 horas deste sábado o corpo do adolescente permanecia no IML à espera da documentação necessária para que fosse feito o translado até Juazeiro do Norte, onde será sepultado. Ronaldo era filho de Rejane, mas morava com a sua avó Margarida de Brito. A reportagem do Miséria conversou com Moisés, do CT Cariri, o qual assegurou ter feito o possível para evitar a tragédia.
Fonte: Site Miséria
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