segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Iguatu - CE: Dificuldade é comum na atuação de Conselhos

Falta de veículo de uso exclusivo, baixo salário e incompreensão sobre o serviço de apoio às crianças e adolescentes. Esse é um quadro comum na maioria das cidades da região Centro-Sul que dificulta o trabalho do Conselho Tutelar. Apesar das dificuldades, o que se observa no dia-a-dia é o esforço dos conselheiros em cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) numa realidade social e econômica cada vez mais adversa para as famílias de baixa renda, moradoras da periferia dos centros urbanos.

As principais ocorrências atendidas pelos conselheiros referem-se aos problemas familiares. Abandono, maus tratos, violência psicológica, evasão escolar, consumo de bebida alcoólica, droga e agressão sexual. A intensidade das ocorrências varia entre os municípios.

Nesta cidade, a principal queixa dos conselheiros é com a falta de um veículo exclusivo para atender as ocorrências diárias. "Infelizmente os problemas que envolvem os adolescentes são crescentes e nos falta estrutura adequada de trabalho", observa o conselheiro Francivaldo Silva. "Só temos veículo um período por dia e nas quartas-feiras não dispomos de carro", conta.

A concessão de um veículo ao Conselho Tutelar para atendimento das ocorrências depende da secretaria de Ação Social. "Temos pouco apoio e precisamos mendigar o carro", disse a conselheira Vera Lúcia Nunes. "A sociedade ainda não compreende a importância do nosso trabalho e até nos critica".

A questão salarial é outra queixa. "Há cinco anos que está congelado", disse. Em Iguatu, um conselheiro recebe R$ 530. Esse parece ser um problema comum. Em Acopiara e em Várzea Alegre, o salário dos conselheiros corresponde ao valor do salário mínimo.

Fonte: Miséria

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