Juazeiro do Norte-CE: Morte de uma mulher foi motivo de conflito na Cadeia Pública

Um princípio de tumulto foi gerado no interior da Cadeia Pública de Juazeiro do Norte, a partir do desentendimento entre dois detentos por conta do assassinato de uma mulher no final de abril deste ano. Os rivais foram identificados apenas pelas alcunhas de "Júnior Branco" e "Damiaozinho". Este último foi presente recentemente e já foi recebido no cárcere com insultos por parte do seu algoz.

É que Damiaozinho constitui-se no principal suspeito de ter assassinado a mulher de Júnior Branco no dia 29 de abril deste ano. Na época, Júnior já cumpria pena em regime semi-aberto na Cadeia e se recolhia todas as noites. Naquele dia, ele estava se deslocando para o cárcere na companhia da esposa, Maria Lediane Soares Silva, de 26 anos de idade.

Quando o casal passava no cruzamento da Rua das Flores com Duque de Caxias (Bairro Santa Tereza), foi surpreendido por um homem com uma pistola 380 ACP em punho. Para tentar se livrar de morrer, Júnior Branco colocou a esposa como "escudo" acreditando que seu algoz não a alvejaria. Pelo contrário, a mulher foi morta com três tiros ficando Damiaozinho como principal suspeito.

Tudo indica que Júnior já havia formado um grupo que aguardava a prisão do seu desafeto. "Veio morrer né?", teria dito quando este chegou. Logo no primeiro banho de sol, houve desentendimento e a Guarda da Cadeia foi reforçada para conter os ânimos. No tumulto, o detento Manoel Bezerra Menezes, de 35 anos, fraturou a perna e foi levado ao hospital. Os militares aproveitaram para fazer uma revista e encontraram três cossocos. A direção cancelou a visita do último domingo por medida de segurança.

Fotos: Cícero Valério

Fonte: Miséria

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