domingo, 15 de novembro de 2009

Juazeiro do Norte-CE: Morte de Aparecida foi tramada dentro da PIRC por causa de drogas

As supostas delações sobre as mulheres que adentravam a Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc) levando drogas para seus companheiros e fomentar o tráfico no presídio, teriam sido o motivo do assassinato de Maria Aparecida da Silva, de 31 anos, na noite do dia 2 de novembro, no Bairro Frei Damião, em Juazeiro do Norte. Na trama, a vida dela custou R$ 3 mil e "Vaqueiro", seu esposo, sabia de tudo e ainda participou da "vaquinha" dando mil reais.

    Os outros R$ 2 mil foram doados por "Israel", pernambucano de Petrolina que cumpre pena na PIRC, e o ex-policial civil, José Jones, preso sob a acusação de envolvimento no assalto contra a agência do Banco do Brasil de Várzea Alegre quando o gerente tombou morto há dez anos. Jones negou, em depoimento ao delegado Marcos Antonio, participação na morte de Aparecida.

    Outro detento da Pirc apelidado por "Galego da Cicatriz" teria sido o agenciador do crime de pistolagem e recebeu mil reais pela tarefa. Os outros dois mil foram pagos aos executores no caso o comerciante Damião Alves de Sousa, de 53, mais conhecido como "Severino do Peixe", e seus filhos João Rodrigues de Sousa, de 31, e José Brasileiro de Sousa, de 20 anos. O trio foi preso no dia 5 de novembro na localidade denominada Campo do Vaqueiro, no município de Cajazeiras (PB).



    A amizade entre o "Galego" e "Severino" nasceu dentro da Penitenciária quando o acusado da execução da mulher esteve preso por conta do assassinato de uma mulher no município de Petrolina. Intriga o delegado Marcos Antonio o fato do "modus operandi" no assassinato de Aparecida ter sido o mesmo com o qual matou a sua companheira há dez anos em Petrolina. Ou seja, arrastando para dentro do mato e jogando dentro de um córrego segundo soube por meio da polícia pernambucana.

    O delegado está aguardando cópias desse inquérito em Petrolina e descobriu, também, que há processos contra "Severino do Peixe" na comarca de São Paulo. Doutor Marcos ainda vai dizer ao mesmo que "a casa caiu de vez", pois Severino negou envolvimento no assassinato de Aparecida quando foi preso na Paraíba. O delegado conversou com o repórter Normando Sóracles do Site Miséria e falou ainda sobre a existência de tráfico de drogas dentro da penitenciária. (OUÇAM)

Por: Demontier Tenório

Fonte: Site Miséria

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