Vítima: Alanes Maria Laurindo de Oliveira, havia sido vista pela última vez em companhia de um suspeito
A pequena Alanes, 5 anos, sumiu quando os pais participavam de uma missa. O corpo foi encontrado ontemTerminou de forma trágica o rapto de uma criança de apenas 5 anos de idade. O caso teve início por volta das 20 horas de quinta-feira passada, quando a menina Alanes Maria Laurindo desapareceu quando estava na companhia dos pais e de uma avó. O grupo familiar participava de uma missa na Igreja Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará (zona sul de Fortaleza), quando a garota teria sido levada por um homem de camisa vermelha.
No começo da noite passada, o corpo da criança foi encontrado às margens de um canal, dentro de um matagal, na Rua Rui Monte, por trás da igreja do bairro Antônio Bezerra (zona oeste). Segundo as primeiras impressões da Polícia, a menina teria sido vítima de violência sexual e, depois, morta a pauladas ou pedradas. O corpo estava despido, conforme a Perícia.
Ao lado do corpo da menina, os policiais encontraram peças de roupa que podem ser do autor do crime. Uma camisa cor vinho e um par de chinelos estavam bem próximo do corpo da criança. O material foi recolhido pela Perícia e deverá ser encaminhado, depois de analisado, para o 12º DP (Conjunto Ceará), onde o fato será apurado em forma de inquérito.
Segundo dois garotos que brincavam com Alanes, o desconhecido teria se aproveitado de um momento de desatenção da mãe da menina quando as pessoas se cumprimentavam na ´Paz de Cristo´. O homem foi visto saindo do pátio da igreja com a criança em direção a um matagal.
Desfecho trágico: policiais e bombeiros entraram no matagal e localizaram o corpo da menina. Segundo a Perícia, havia sinais de violência sexual. O autor do crime ainda está foragido
Buscas
Ainda durante a noite e toda a madrugada seguinte, moradores se mobilizaram com policiais civis e militares, bombeiros, familiares e amigos da menina no sentido de localizar Alanes o mais rapidamente possível. Dada a dificuldade de acesso ao matagal e a escuridão na área, dezenas de pessoas se reuniram e colocaram os faróis de seus carros e motos no sentido da mata, auxiliando a Polícia na visualização de qualquer pista. Homens da comunidade com lanternas seguiam diferentes trilhas no meio do mato.
Ana Patrícia Pontes, mãe de Alanes, não saiu do local até o fim da manhã de ontem. "Eu quero minha filha de volta. Não saio daqui até encontrá-la", disse. Amparada por amigos e familiares, a mãe chorava sem parar.
"Estamos formando uma corrente, o Conjunto Ceará parou", disse Carlos Eugênio, amigo da família, enquanto ajudava outros voluntários na distribuição de panfletos com a foto da criança. As imagens de Alanes foram coladas em paradas de ônibus, portas de residências e comércios e nos vidros de automóveis que circulavam pelo bairro.
Ainda ontem pela manhã, mais equipes de buscas do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar vasculharam todos os matagais da região em busca de indícios que levassem à localização de Alanes.
Uma patrulha do Canil, pertencente ao Batalhão de Polícia de Choque da PM (BpChoque) também esteve no Conjunto Ceará com o cão farejador ´Blitz´. O pastor alemão foi colocado em pontos diferentes do bairro depois de ter contato com roupas recém-usadas da garotinha, fornecidas pela mãe. "O cheiro da roupa dá o indicativo ao animal do que ele vai procurar. Depois de farejar a peça de roupa o animal recebe o comando de busca", explicou o treinador, soldado Sampaio, integrante da patrulha Roca-09 (Ronda com Cães).
Mas, no começo da noite de ontem, veio o desfecho trágico do desaparecimento.
O corpo foi encontrado por populares, que avisaram a Polícia. Em poucos minutos, dezenas de curiosos se dirigiram ao local. A área foi isolada pela Polícia Militar. Cerca de 30 minutos depois, familiares da menina chegaram ao local e entraram em desespero ao reconhecer o corpo dela.
Até o fim da noite passada a Polícia não tinha ainda, pistas concretas que pudessem levar à identificação do raptor e assassino da criança. O corpo de Alanes foi levado para o SVO.
FERNANDO RIBEIRO/NATHÁLIA LOBO EDITOR/REPÓRTER
Fonte: DN
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