domingo, 3 de janeiro de 2010

Turismo aquece economia no Ceará

ALTA ESTAÇÃO NO CEARÁ: Temporada garante o lucro

Imagem: Roteiro Ceará

Conheça os setores da economia cearense que mais lucram com a alta estação turística e as férias escolares

Sol, temperatura média de 35 graus, praias de águas mornas e agitação noturna garantida com programação nas principais casas de show e apresentações gratuitas no Parque do Cocó. O cenário de diversão para os que passam férias no Ceará é também sinônimo de faturamento aquecido no turismo, atividade que movimenta 54 setores da economia. Hotéis, pousadas, bares, restaurantes, barracas de praia, sorveterias, parques aquáticos, centros de artesanato - o comércio e os serviços em geral saem no lucro.

Não são apenas pelos números oficiais - que dão conta da vinda de 830 mil visitantes, 14% a mais do que na última temporada. Esta alta estação promete ser uma das melhores, segundo avaliação do próprio trade turístico. "As notícias são boas: a gente escuta que os hotéis estão lotados. No nosso segmento, esperamos um incremento de 10% a 15% em relação ao ano que passou", conforme avalia Augusto Mesquita, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE).

O segmento, que conta com seis mil empresas formais em todo o Estado, já começou a contratar mão de obra temporária. "Devemos contratar entre 7% e 10% a mais de pessoal", revela. Para quem trabalha enquanto a maioria descansa, a grande vantagem da alta estação não é só a vinda dos turistas. "Há também as férias escolares. Você tem boa parte da população frequentando bares, restaurantes, cinemas, casas de show. Para o nosso segmento, é muito bom", explica o Mesquita.

O 13º salário ajuda a expandir os negócios neste período que, segundo a Secretaria de Turismo do Estado (Setur), devem movimentar R$ 2,1 bilhões. Com um dinheiro a mais no bolso, turistas e cearenses podem curtir a praia, o shopping e a balada, entre outros.

Mais voos e leitos
Para Mesquita, que é proprietário dos restaurantes Ferreiro Café (no Iguatemi), Dias Café (no aeroporto) e do bar Boteco, o movimento na alta estação só não vai ser melhor por conta de dois fatores: a capacidade hoteleira estrangulada, sobretudo em Fortaleza, e a falta de voos para a Capital cearense. "Se tivéssemos mais hoteis e voos, com certeza, teríamos mais pessoas", diz o presidente da Abrasel, completando que o setor é o segundo em mão de obra no Estado, perdendo apenas para a indústria da construção civil.

Capital na preferência
Se depender da CVC - maior operadora nacional de turismo - voos e visitantes não vão faltar em Fortaleza. A Capital cearense é a 4ª em número de aeronaves fretadas para a temporada que se iniciou em 1º de dezembro de 2009 e vai até 28 de fevereiro de 2010. A operadora informa, por meio de sua assessoria de imprensa, que trará ao todo 27.835 passageiros em 179 voos - cerca de 14 por semana. Os números representam crescimento médio de 55% em relação à temporada passada, quando a CVC foi responsável pela emissão de 16.431 turistas ao Estado.

NA BEIRA-MAR
Feira é parada obrigatória do turista

Localizada num dos principais cartões-postais da Capital, feira já experimenta aumento no fluxo de visitantes

Localizada num dos maiores cartões postais de Fortaleza, a Feira de Artesanato da Beira-Mar é parada obrigatória para turistas e cearenses na alta estação. No local, os lojistas também comungam da perspectiva de que está será uma das melhores temporadas dos últimos anos.

"A expectativa é a melhor possível. A gente já está bem animado. Tem muita gente na feirinha. Temos ouvido pela mídia que a ocupação nos hoteis está em quase 100%, o que muito bom", afirma Francisco Carlos Simões, presidente da Associação dos Feirantes de Artesanato da Beira-Mar (Asfabem).

De acordo com o comerciante, a estimativa é de um incremento nos negócios da ordem de 5% a 10%, sobre igual período do ano passado. " Se a gente tiver em torno disto, já é de bom tamanho", comenta, acrescentando que a feirinha desfruta de um local privilegiado - próximo aos principais hoteis e num dos pontos turísticos mais visitados na Capital. "Se você vir à Fortaleza e não for à feirinha, é como ir ao Rio de janeiro e não conhecer o Corcovado", compara.

"Fora isso, temos de tudo para vender", comenta Simões. A feirinha reúne 630 boxes para a comercialização de artesanato em geral. "O que você imaginar no segmento artesanal, se pensar em criar alguma coisa, a feirinha já tem. Vestidos, camisetas, artigos em couro, produtos típicos etc".

Pesquisar é essencial
A pesquisa de preços é essencial para quem quer comprar por lá. Existe uma variação significativa de preços de um box para outro, e o cliente ainda pode barganhar o valor da mercadoria. A maior parte dos estabelecimentos só trabalha com pagamento em dinheiro.

PARA PASSAR O CALOR
Sorveterias atraem mais clientes

Com o aumento da temperatura média, uma das pedidas de cearenses e dos turistas para amenizar o calor é tomar sorvete. "O tempo quente está ajudando o pessoal a consumir mais sorvete, cerveja, água, refrigerantes, enfim, mais produtos para se hidratarem", afirma Emílio Vasconcelos, gerente da unidade da sorveteria 50 Sabores que fica na Avenida Beira-Mar.

Segundo Vasconcelos, o movimento nas quatro unidades da sorveteria aumentou entre 30% e 40% em relação aos meses anteriores. "Nem todo turista vem para cá tomar sorvete mas, passando pela Beira-Mar, por exemplo, eles sempre acabam entrando", revela.

A 50 Sabores vende cerca de 600 a 800 quilos de sorvete por dia em todas as unidades na Capital. Entre os sabores mais pedidos estão os exóticos e curiosos, como tapioca, caipirinha, qualquer coisa. "Para este verão, estamos lançando o sorvete de cerveja", adianta Vasconcelos. De sabor leve, refrescante, com baixo teor alcoólico e gostinho de cerveja estupidamente gelada, o produto deve cair no gosto da freguesia. O gerente conta que a 50 Sabores, cuja marca foi criada em 1948, é um ponto tradicional, muito divulgado pela propaganda boca a boca. "Nos últimos três anos, ampliamos os investimentos em publicidade, sobretudo com outdoors, jornal e rádio, o que ajudaram a consolidar um produto já consagrado no Estado", comenta.
 

SAMIRA DE CASTRO REPÓRTER

Fonte: DN

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