Moradores do bairro e familiares da vítima afirmaram que ela vinha sofrendo ameaças de outros vigias de rua
A disputa por território entre duas empresas clandestinas de vigilância noturna, que estariam atuando no bairro Ellery (zona oeste), pode ter sido a causa para mais um crime de morte na Capital. O assassinato do vigia de rua Edivaldo Paulo de Lima, 40, ocorrido na noite da última terça-feira (25), chocou os moradores da Rua Gilberto Câmara, e já está sendo investigado pelos inspetores do 1º DP (Monte Castelo), sob o comando do delegado Wagner Diniz.
Conforme o relato de moradores da Rua Gilberto Câmara à reportagem do Diário do Nordeste, Edivaldo fazia vigilância desarmada nas ruas do bairro, pilotando uma moto, há aproximadamente dez anos. Os adesivos amarelos da "Equipe Power", de propriedade dele estão fixados em alguns muros e portões.
A situação era tranqüila, afirmam alguns moradores, que temem se identificar com medo de represália, até que uma nova empresa, a "Rota Segurança", se instalou no mesmo bairro, iniciando os conflitos com a vigilância concorrente.
Segundo uma testemunha, Edivaldo chegou a contar que estava sendo ameaçado pelo proprietário da outra empresa, conhecido como ´Pernambuco´, para que saísse da área.
Sem acatar as ameaças, Edivaldo seguia a sua rotina. Na última terça-feira, quando fazia a ´escolta´ de uma moradora da Rua Gilberto Câmara, foi atacado por dois homens, por volta das 21h50. Segundo a Polícia, um dos acusados desceu da moto e efetuou dois disparos contra a cabeça de Edivaldo. O vigia morreu no local.
Execução
Na tarde de ontem, o clima ainda era de medo na rua onde Edivaldo trabalhava. Moradores disseram que ele era conhecido e querido por todos e nunca tinha se envolvido em nenhuma confusão. "A gente confiava nele. Muitas vezes, ele servia até para comprar remédio de madrugada, quando alguém precisava", diz um morador.
O delegado Vagner Diniz afirma que as investigações para elucidar o assassinato foram iniciadas. Segundo ele, a Polícia já tem fortes indícios de que o homicídio esteja realmente ligado à disputa por território de vigilância. "Vamos chegar ao autor ou autores desse crime. É apenas uma questão de tempo".
Fonte: DN
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