quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ceará é o 1º em transplante de coração no Brasil

O Ceará está dando exemplo em doação de órgãos e realização de transplantes no Brasil. No primeiro semestre deste ano, o Estado se destaca como o que mais efetivou transplantes de coração proporcionalmente à população e como terceiro em números absolutos de cirurgias do tipo.

Dos procedimentos em geral, a quantidade de transplantes realizados aumentou 20,6% no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Na prática, o número de operações passou de 310 para 374 de um ano para o outro.

Os dados são da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Nacionalmente, o Estado é o que mais doa. No primeiros seis meses de 2009, o Ceará registrou 2,6 doadores por milhão de pessoas. São Paulo e Paraná ficaram com índice de 2,5.

Em número absolutos, as posições se invertem. São Paulo fica à frente, com 53 transplantes de coração realizados; Paraná com 13 e Ceará com 11. Os dados são de janeiro a julho. Até ontem, o Estado contava com 13 cirurgias.

No primeiro trimestre deste ano, a média nacional de doadores era de oito por um milhão de pessoas. No mesmo período, o Ceará apresentava índice maior, de 10,1, na mesma proporção. No ranking nacional, o Estado ocupava a 8ª posição entre os estados.

Contabilizando-se o semestre, porém, houve melhora significativa, pois o Ceará passou para a 4ª posição, com 11,7 doadores por milhão de habitantes. A meta para 2011 é atingir o índice 12, como informa a assistente social da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Estado, Rosângela Gaspar Cavalcante.

"Se conseguirmos manter esse ritmo, antes do fim do ano poderemos chegar ainda mais perto da meta", vislumbra. O índice de 11,7 coloca o Ceará atrás apenas de São Paulo, Santa Catarina e Acre, sendo que esse último se destaca devido à população pequena.

O fato de o Ceará ter passado à frente de estados como Rio Grande do Sul e Paraná revela um avanço no setor e mostra características próprias do cearense. "Nossa população é muito solidária, está atendendo bem ao apelo de salvar vidas. O trabalho dos profissionais nos hospitais de referência do Estado é de dedicação total", enfatiza.

Para incrementar o serviço, são feitas capacitações. No ano passado, houve dois cursos de formação de coordenadores educacionais de transplante.

Fonte: Diário do Nordeste

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