A loja funciona na Rua do Cruzeiro, ao lado da Praça Padre Cícero, e já estava fechada. O rapaz apenas estava abrindo o portão menor para a saída de uma das funcionárias no que o fazendário quis entrar. Tanto o velório quanto o cortejo fúnebre registraram grande movimentação de populares atraídos pela amizade, parentesco ou a própria repercussão do fato. A solidariedade, a revolta e o clamor por justiça estiveram presentes no manifesto de cada um.
No momento em que o cortejo passava pela Rua São Pedro, o vai e vem de populares praticamente parou e o silêncio tomou conta. Foi rompido apenas pelos aplausos como forma de cumprimento ao esquife. Quando o corpo passou em frente as Lojas Americanas não foi diferente. As portas foram baixadas e os seus ex-colegas de trabalho se deram as mãos num momento de emoção que levou a esposa de Jonatam a desmaiar sendo socorrida por um carro da funerária.
Na capela mortuária do Socorro houve missa seguida do sepultamento. Enquanto isso, o assassino confesso do segurança ganhava uma cela especial. Ele saía da carceragem da 20ª Delegacia Regional de Polícia Civil, onde foi ouvido pelo delegado Marcos Antonio dos Santos, para uma cela no 2º BPM (Batalhão Policial Militar). O repórter Cícero Lúcio, da TV Verde Vale, conseguiu captar imagens de Eliabe Gomes no momento da transferência. (VEJAM). Imagens de Eliabe Gomes no momento da transferência
Imagens: Cícero Lúcio
Segundo informações colhidas nesta segunda-feira, ele trabalhava num posto da Sefaz (Secretaria da Fazenda) na Barra do Ceará. Esteve afastado por alguns meses, mas já havia retornado ao labor o que fez normalmente na última sexta-feira antes de viajar a Juazeiro para aqui passar o fim de semana com a família. Desde que o Site Miséria postou a notícia do crime nas Lojas Americanas que milhares de e-mails e comentários chegam à redação.
Um deles, inclusive, dando conta de um suposto processo contra Eliabe pela prática de um homicídio no município de Redenção há 14 anos. Outro avisando ser parente do famoso Pedro Rocha da Silva Filho acusado de crimes de pistolagem no Ceará. A grande maioria dos comentários teve como base a indignação e apelo por justiça como foi o caso de Larissa Leandro. Já Alex Bezerra lembrou ser mais um inocente morto por motivos banais.
Também de Juazeiro, Maria Aristé dos Santos concorda com Alex acrescentando ser um trabalhador e pai de família, enquanto Patrícia Gonçalves Vieira desconfia que não existam leis no Brasil para punir severamente o fazendário. De Várzea Alegre e assustado com tanta violência, Valmir Oliveira Lima lamentou o ocorrido e sugeriu a todos a busca da Bíblia. De Milagres, Francisco de Sousa defendeu debates para mudar o código penal.
De Santos (SP), Cícero Martins considerou o crime uma barbaridade, enquanto, desde Osasco, no interior paulista, Agenor Amorim, resumiu seu pensamento afirmando não existir palavras para comentar um caso como esse e defendendo a instituição da pena de morte. O juazeirense residente em Guarulhos (SP), Francisco Adailton, afirmou estar inconformado com tanta violência o que, para Wálter Matos, de Iguatu, é motivada pela impunidade.
Foto: Cícero Valério
Fonte: Site Miséria
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